Segundo ele, “a Inteligência está avaliando”. O governador disse, ainda, que fará reunião com a cúpula da Segurança Pública para discutir essa suspeita. “Vamos sentar e avaliar: qual tipo do crime? Qual o perfil da vítima?”
Na entrevista à Folha, Camilo Santana criticou o que chamou de “mistura de Polícia com política”. Defendeu uma quarentena para um policial que queira se candidatar em eleições e seja obrigado a deixar a função, assim como ocorre com juízes, por exemplo. “Quem são as lideranças do motim?”, perguntou, e ao mesmo tempo respondeu: “Deputado federal, deputado estadual, vereadores. O movimento é muito mais político do que salarial”.
Camilo classificou a greve como, “um motim que é inaceitável e injustificável. Nosso governo sempre foi do diálogo. Todas as medidas que eu tomei foram discutidas com as entidades representativas. Fiz a melhor lei das promoções do país, que era uma reclamação da tropa. Nesses cinco anos, promovi 20 mil homens”.
E continuou: “Fiz a primeira reestruturação salarial com a média dos salários do Nordeste. Agora, apresentamos a proposta e chegamos a um acordo. Tem vídeo de lideranças (do movimento) chorando, comemorando”.
E voltou a bater na questão política. “Há um fundo muito mais político nesta história do que salarial, que é partidarização da Polícia, a partir do momento que se permite que pessoas da Polícia possam entrar em partidos políticos, serem candidatos e continuarem na Polícia. É um fenômeno que não acontece no Judiciário, no Ministério Público. Quem quer entrar na política, que deixe a função.”
E finalizou: “A Polícia jamais pode deixar a população e o governador reféns. A Constituição deu a ele (policial) o direito de ter uma arma na mão, mas não para chantagear os governos e ameaçar as pessoas. É o que aconteceu no Ceará. Não admito que venham me chantagear com arma na mão e vestindo balaclava”.
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